quinta-feira, 24 de março de 2016

Quatro cavaleiros e um destino: Do Sertão ao Mar, pelos Caminhos da Estrada Real


A aventura dos cavaleiros começará dia 09 maio. Juntos, eles percorrem os 1780 km dos quatro caminhos da Estrada Real, que atravessam três Estados: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, montando cavalos Mangalarga.

Nesta imagem, o cavaleiro José Henrique Castejon percorre o caminho da Estrada Real em 2014

Os objetivos são nobres: o primeiro é ressaltar a importância do bem-estar animal, seguido de incentivar a valorização do patrimônio histórico-cultural das antigas Estradas Reais, através do turismo equestre. Estes dois propósitos uniram o trio José Henrique Castejon, Paulo Junqueira Arantes, Sergio Lima Beck e Frederico Simioni para encarar a aventura de percorrer, durante 45 dias, os quatro trechos que compõem o caminho completo da Estrada Real.

Estes trechos dividem-se em quatro caminhos: Caminho dos Diamantes, Caminho Velho, Caminho Novo e Caminho de Sabarabuçu. No total, serão 60 cidades percorridas nos três estados e, entre elas, várias se destacam por sua importância histórica, arquitetura e obras como Diamantina, Ouro Preto, Paraty, São João Del Rey e Tiradentes. “Muitos trechos também se destacam por serem regiões que deram origem às raças de cavalos Campolina, Pêga e Mangalarga, que será a raça oficial da cavalgada. Importante também destacar que o percurso pelas trilhas possui paisagens deslumbrantes”, comenta Paulo Junqueira Arantes, empresário que compõe o trio e já realizou inúmeras viagens a cavalo em várias regiões do Brasil e exterior. Paulo contabiliza que a expectativa do trio é percorrer os quase 1800 quilômetros totais da Estrada Real em 51 dias, dividindo a aventura em um dia de descanso a cada 400 quilômetros. Neste dia de “repouso”, além do descanso da tropa, as ferraduras dos cavalos serão trocadas para assegurar o bem-estar dos animais.

“O Caminho da Estrada Real é a única estrada turística com demarcação e apelo histórico do Brasil, com histórias que remetem ao Brasil colonial, quando o ouro, a prata e diamantes percorriam estes trechos para serem transportados para Portugal”, ele reforça José Henrique Castejon, produtor rural, criador de cavalos de polo e ex- competidor deste esporte. Castejon comenta, com muito entusiasmo que, neste mês de março, os cavaleiros percorreram de carro este mesmo trecho para mapeamento prévio das paradas e dos descansos para os animais e ficou impressionado que, durante todos os dias que passou pelos Caminhos da Estrada Real, não encontraram com ninguém realizando o percurso nem a cavalo, nem a pé ou de bicicleta. “É uma constatação triste pois, apesar de não ter um apelo religioso, as paisagens e a relevância histórica destes Caminhos são fascinantes”, ele ressalta.

Bem estar animal

A Estrada Real é o único percurso do Brasil que contém demarcação por 1780 quilômetros sendo 2 mil marcos no total e este fator influenciou fortemente na opção dos cavaleiros pela escolha do Caminho, que oferece terrenos diferenciados compostos por trilhas, estradas de terra e asfalto. O percurso todo oscila subidas longas e curtas, muitas áreas sombreadas, e a maior parte do trajeto é composto por estradas de terra, praticamente 70%, em seguida por asfaltos e trilhas. “Este percurso é favorável para a expedição, demonstrando a ótima resistência do cavalo em trajetos longos e confirmando que é possível percorrê-lo assegurando o bem-estar do animal, confirmados através de exames laboratoriais que serão colhidos durante toda a viagem, para mensurar o rendimento e a saúde dos cavalos”, reforça Castejon. Estes exames serão coordenados pelo professor Mateus Rodrigues Paranhos, da Unesp Jaboticabal, zootecnista especializado em bem-estar animal. Os resultados dos exames serão divulgados periodicamente.

Os três cavaleiros

Jose Henrique Meirelles Castejon - 68 anos – produtor rural nos estados de SP/MG - Reside em Avaré – SP - Começou a cavalgar aos 6 anos participando de caçadas, atividade que praticou em família por muitos anos. Em 1974 começou a jogar polo, atividade que manteve por 40 anos, participando de torneios nacionais e internacionais. Criador de cavalos de polo com mais de 500 animais produzidos. Já percorreu o Caminho Frances de Santiago Compostela, desde Logrono, 760 kms; o Caminho da Fé, de Aguas da Prata a Aparecida, (330 kms) e diversas cavalgadas, na Argentina e Brasil, nos estados de SP, MG, RS

Paulo Junqueira Arantes – 64 anos – empresário. Reside em Curitiba - Começou andar a cavalo ainda criança, em fazendas dos avós no interior paulista e mineiro.
Foi criador de cavalos Mangalarga e diretor do Núcleo de Criadores.
Como apaixonado por cavalos e cavalgadas, fez inúmeras viagens a cavalo em todas as regiões do Brasil, e em vários destinos internacionais como Africa do Sul, Argentina, Botsuana, Canadá, Chile, Equador, Espanha, Estados Unidos, Hungria, Italia, Mongolia, Namibia, Peru, Portugal, Turquia e Zimbabue.

Sergio Lima Beck– 64 anos - Natural do RS reside em Curitiba – PR - Hipólogo, cavaleiro profissional, instrutor de doma e equitação. Atuou como juiz da ABCCMMarchador e como professor no Curso Superior de Equinocultura da PUC-PR. É técnico credenciado da ABCCBretão. Autor de artigos para diversas publicações e já participou de cavalgadas em diversos destinos do Brasil, na Espanha e na Islândia.


Frederico Castejon Simioni – 35 anos – Zootecnista e produtor rural – reside em Ribeirão Preto. Desenvolve e contribui com trabalhos científicos ligados ao tema Bem-Estar Animal em parceria com universidades como a UNESP de Jaboticabal. Em suas criações, pratica o Bem-Estar Animal sempre respeitando as necessidades, comportamentos naturais e limites de cada indivíduo. Apaixonado por cavalos, participou de várias cavalgadas pelo Brasil, incluindo o Caminho da Fé, de Aguas da Prata a Aparecida (330km).

MAIS INFORMAÇÕES:

Luciene Gazeta – Jornalista/ Relações Públicas
Matriz da Comunicação Assessoria de Imprensa
Fone: (15) 9-9112-0989