sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Receita de Ano Novo!



Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser: NOVO

até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas
mudem e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo! Eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Conte com a gente em 2017!


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Artigo Revista HORSE


Confira o artigo veiculado na Revista Horse de novembro/ 2016, que aborda a influência da Assessoria de Imprensa na valorização da imagem e no resultado do seu negócio! 

 

A Revista Horse é uma publicação mensal distribuida em bancas de revista de diversos pontos do Brasil, e seu público-alvo são todos os criadores e amantes de cavalos de diversas raças equestres. A revista aborda informações sobre saúde, tecnologia, genética, mercado e outros temas relacionados ao universo do cavalo. Para mais informações, acesse: www.revistahorse.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Comunicação: Análise SWOT

Na COMUNICAÇÃO, a Análise SWOT é empregada no processo de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, para analisar e avaliar condições competitivas, identificando pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaçasConheça um pouco mais sobre esta importantíssima ferramenta de comunicação, criada por dois professores de Harvard - Kenneth Andrews e Roland Christensen - que é corretamente aplicada por um profissional especializado, responsável pela comunicação externa.

 
 
 
 
 

Ação Social

Criadores de Mangalarga realizam leilão solidário  
O II Leilão Natal Criança Feliz acontece dia 24 de novembro a partir das 19h, e terá a oferta de material genético dos principais nomes na raça Mangalarga!


Uma iniciativa do Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista, presidido por Cauê Costa Hueso, em parceria com diversos criadores de Mangalarga do Brasil deu início, em 2015, ao leilão beneficente cuja renda auxilia oito entidades beneficentes que atendem crianças carentes. Este ano em sua segunda edição, o leilão será virtual, com lances pela internet e os pré-lances já estão disponíveis pelo www.canalbusiness.com.br “Ofertaremos coberturas e barrigas dos melhores animais do Brasil, cuja arrecadação será 100% distribuída às instituições que cuidam de crianças carentes, entre eles menores abanonados, enfermos, órfãos e até doentes em estágio terminal”, antecipa Cauê.

Serão oito instituições beneficiadas com as doações: APAE Porto Feliz, APAE Guaranésia, Instituto Esperança É Vida, Instituto Ingo Hoffmann, Fundação Edmilson, Gaan – Grupo Assistencial Alvorada Nova, Grupo de Oração e Assistência Social Catalão e Natal Solidário Divinolândia.

No total serão mais de 52 ofertas que foram doadas por criadores, entre eles Regalo JO, Regalo da Braido, Torpedo da Janga, Bucólico de NH, Nero RM, Ereu JES, Oregon da Janga e muitos outros garanhões grandes estrelas da raça Mangalarga. Também foram doados para o leilão um filhote de Border Collie (Canil Villa dos Borders), R$ 1000,00 em ‘vale-ração’ e uma Barriga da Ópera JCMAF. E Cauê complementa com uma notícia entusiasmante: “Desde já anunciamos uma novidade brilhante: os 40 garanhões que alcançarem o maior valor de doação durante o evento estarão automaticamente classificados para participar gratuitamente do catálogo Anual de Melhores Garanhões da Raça Mangalarga, sendo este um catálogo sem fins lucrativos cuja indicação dos melhores exemplares será realizada pelos próprios criadores”, ressaltou.

A forma de pagamento será dividida em 6 vezes no cartão de crédito pelo PagSeguro ou terá 20% de desconto para pagamentos à vista. O site para dar os lances nas ofertas é o www.canalbusiness.com.br

FONTE:
Luciene Gazeta
Jornalista | Relações Públicas
Matriz da Comunicação Assessoria de Imprensa
(15) 99112-0989



terça-feira, 4 de outubro de 2016

Horse World Channel

Primeiro canal online mundial dedicado exclusivamente aos cavalos é do Brasil

Entretenimento e conhecimento sobre o universo dos cavalos 24 horas por dia é a principal proposta do Horse World Channel, um canal veiculado em múltiplas plataformas digitais: mobile, desktops e tvs conectadas  



Recém-inaugurado no mês de agosto de 2016, o Horse World Channel transmite 24 horas de programação voltada para o universo equestre, via streaming ao vivo e vídeos on demand. O portal é trilíngue, podendo ser acessado em português, inglês e espanhol e a programação é transmitida tanto em português como em inglês. “Nosso objetivo é fornecer conteúdo de qualidade para todo o mundo dos apaixonados por cavalos, um conteúdo variado reunindo os grandes nomes da equideocultura internacional em diversos programas”, ressalta Alci Costa Leite, diretor do HWC

Na programação, Alci destaca que o usuário pode encontrar conteúdos técnicos variados que abordam todas as raças de cavalos, com foco em comportamento animal, técnicas de lida diária, nutrição e saúde, bem como acompanhar algumas provas e exposições ao vivo, realizadas no Brasil e no exterior, documentários, além de ter acesso a filmes que tenham os cavalos como tema principal. “Em setembro, disponibilizamos o renomado Seabiscuit, um cavalo selvagem que se transforma em herói nacional”, ressalta o diretor.

Para assistir à programação online do canal, o usuário pode acessar o site ou baixar o aplicativo já disponível nas plataformas IOS e Android. E, caso o usuário queira acessar os programas especiais da grade de programação Premium ou rever programas que transmitidos ao vivo, investe uma taxa simbólica de R$ 14,90 por mês e, através de login e senha, terá acesso a todo conteúdo disponível. Conheça a plataforma acessando www.horseworldchannel.com

Fonte: Luciene Gazeta
Jornalista | Relações Públicas
Mais informações (15) 99112-0989


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Plataforma de serviços integrados oferece suporte inédito para o agronegócio


Integrando diversas soluções, a Smart Agro, recém lançada em 2016 no mercado, possui plataforma própria de serviços com objetivo de oferecer soluções sustentáveis na comercialização desde o início da negociação, até o pós-venda - um formato de suporte inédito no mercado agropecuário.


Muitos pecuaristas, principalmente os que possuem propriedade de pequeno e médio porte, sentem-se desamparados diante da necessidade de realizar algumas ações que não são pertinentes à sua atividade, mas, entretanto, são imprescindíveis para o sucesso da consolidação do negócio como: consultas cadastrais, apoio jurídico na formalização contratual, cobranças ou, até mesmo,  suporte extrajudicial no caso de eventual inadimplência.  A Smart Agro, de olho no extenso mercado composto pela pecuária bovina, equina, caprina, ovina e muares, espalhado por todo território brasileiro, chegou para oferecer  serviços com soluções integradas para este cenário: plataforma online, transmissões ao vivo, assessoria pecuária, filmagens, apoio jurídico, cobrança no pós-venda, marketing e, mais recentemente, uma plataforma própria de leilões, que contará inclusive com um aplicativo completamente interativo, facilitando ainda mais a realização dos negócios.

Este é um formato inédito de atuação na pecuária. “Nosso grande diferencial é esta integração de soluções. Ao confiar na nossa atuação, o pecuarista pode se dedicar exclusivamente ao seu criatório, enquanto a Smart Agro administra outros assuntos, realizando desde a filmagem do seu animal, até a disponibilização comercial do mesmo em plataforma exclusiva de leilões online e virtuais, até a cobrança das parcelas e suporte extrajudicial, caso necessário”, ressalta Thiago Malzoni Monteiro, diretor da empresa. Ele complementa que a solução oferecida assegura que o pecuarista evite qualquer desconforto com seu cliente e público-alvo, prejudicial à relação comercial. “O cliente precisa apenas disponibilizar seus animais para venda, o suporte comercial e pós venda fica por nossa conta!”, ele assegura.

Nova plataforma de leilões

Chega ao mercado uma nova opção para os leilões agropecuários

Agregando mais uma solução imprescindível ao pecuarista, a Smart Agro lança neste mês durante a Expogenética 2016, que acontece em Uberaba/MG de 20 a 28 de agosto, sua nova plataforma própria de leilões, com objetivo de proporcionar um serviço inovador e completo. “Agora, pequenos, médios e grandes criadores podem acompanhar os Leilões Smart em uma plataforma online ou por meio de transmissões ao vivo, contar com assessoria externa e uma competente gestão de pagamentos”, ele explica.

A plataforma disponibilizará também o primeiro aplicativo interativo de leilões, no qual o pecuarista poderá dar lances e arrematar os animais em qualquer momento e de onde estiver.  “Proporcionamos um ambiente seguro para o investimento, criando uma solução sustentável a longo prazo para consolidar de forma eficiente os negócios pecuários”, ele ressalta. “Atualmente os leilões não dispõe de um sistema efetivo de cobrança pós-leilão, gerando muitas vezes um inconveniente de cobrança entre os criadores e seus clientes”, complementa Thiago.

O diretor finaliza que a inovação de serviços para o mercado chega por completo, pois a empresa acaba de criar um programa de fidelidade inédito que irá bonificar os participantes dos leilões. “Ou seja, ganha quem vende e também quem compra”, finaliza o diretor, colocando-se a disposição para informações mais detalhadas sobre os produtos e serviços descritos acima.

Conecte-se com a Smart Agro:
Instagram: @smartagro  

FONTE:
Luciene Gazeta – Jornalista/ Relações Públicas
Mais informações: (15) 3411-9449


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Chega ao fim a grandiosa “Cavalgada do Sertão ao Mar, Pelos Caminhos da Estrada Real”

Chega ao fim a grandiosa “Cavalgada do Sertão ao Mar, Pelos Caminhos da Estrada Real”

Dia 24 de junho encerrou-se a aventura repleta de história e turismo rural, que percorreu três Estados brasileiros a cavalo, durante  45 dias, passando por aproximadamente 177 cidades. A viagem percorreu os quatro caminhos da Estrada Real e começou dia 09 de maio partindo de Diamantina/MG, encerrando dia 23 de junho em Cocais/ MG.

Confira várias fotos por onde passou a incrível jornada logo abaixo, no final da notícia!

Fotos: Marcelo Mastrobuono (Revista Horse) e Paulo Junqueira Arantes


Texto: Luciene Gazeta - Jornalista/ Relações Públicas

A Estrada Real é a maior rota turística do Brasil, composta por 1780 quilômetros divididos em quatro caminhos por sua extensão: Caminho dos Diamantes, Caminho Velho, Caminho Novo e Caminho de Sabarabuçu; todos contam com demarcações em seus pontos que percorrem o interior de três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Sua história vem do século 18, quando a Coroa Portuguesa construiu os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Atualmente a Estrada Real é um verdadeiro “patrimônio” histórico, cultural e turístico do Brasil e seu percurso pode ser percorrido de carro, a pé, de bicicleta ou a cavalo. E foi montando sete cavalos Mangalarga que os cavaleiros José Henrique Meirelles Castejon e Paulo Junqueira Arantes realizaram esta grandiosa aventura.

No início da jornada, no Caminho dos Diamantes, a viagem começou contando com cinco cavaleiros. Além de Paulo e José Henrique, acompanharam a largada com a dupla, em Diamantina/MG, mais três cavaleiros: Frederico Simioni, Sérgio Lima Beck e Beatriz Biagi Becker. Juntos, os cinco cavaleiros percorreram o primeiro trajeto que compreendeu cerca de 200 quilômetros. Em seguida, a cavaleira Beatriz deixou o grupo que seguiu em quarteto pelo próximo trecho da aventura, até o final do Caminho dos Diamantes, que soma 395 quilômetros e foi percorrido pelos quatro cavaleiros em 10 dias, finalizando no dia 19 de maio em  Ouro Preto. Neste primeiro trecho, além das maravilhas da natureza que encontraram pelos caminhos, os cavaleiros se impressionaram bastante com a precariedade da estrada, marcada pela falta de conservação e sinalização. Outro momento que marcou esta primeira etapa da cavalgada foi a passagem pelas cidades afetadas pelo rompimento das Barragens de Fundão e o consequente desastre socioambiental de 2015, em Bento Rodrigues e Mariana. “Nestes trechos, aonde ocorreu o desastre ecológico, precisamos colocar os cavalos em um caminhão para cruzá-los, não sendo possível passar pelo trecho cavalgando”, comentou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.

O antigo Caminho do Ouro – Caminho Velho foi o próximo desafio da jornada, que começou dia 20 de maio em Santo Antonio do Leite/ MG rumo a Paraty/ RJ, um trecho composto por 710 quilômetros que foi o primeiro caminho oficialmente aberto pela Coroa Portuguesa ligando o litoral rumo ao interior de Minas Gerais. Seguiram a viagem a partir deste caminho a dupla José Henrique Castejon e Paulo Junqueira Arantes. Este trecho durou 17 dias, ante os 60 dias que eram previstos no século 18 da construção deste trajeto, confirmando a incrível resistência dos cavalos Mangalarga e registrando um momento muito importante na cidade de Cachoeira do Campo, aonde os cavaleiros visitaram o prédio da Antiga Coudelaria Real, edificação construída em 1730 para ser o Quartel da Cachoeira, teria recebido Tiradentes em 1789, durante a Inconfidência Mineira. O prédio foi transformado em Coudelaria em 1819, sendo adaptado para receber os cavalos que vinham do Reino para o Brasil, assinando um importante momento da história do Mangalarga. Outro trecho marcante na viagem pelo Caminho Velho foi na região de Itanhandu quando os cavaleiros passaram pelo Túnel da Mantiqueira, construído em 1882 por determinação do Imperador Dom Pedro II, para fazer a ligação entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais para servir a Estrada de Ferro Minas e Rio, sendo também, local estratégico na Revolução Constitucionalista de 1932, na qual foi frente de batalhas. “A passagem do túnel, na divisa dos Estados, não foi muito fácil e os cavalos Mangalarga, mais uma vez, mostraram seu preparo e sua coragem. Foram 1400 metros de travessia no escuro, com o som das patas dos nove cavalos criando um barulho forte. Os cavalos tiveram que caminhar no meio dos trilhos, sobre pedras e os dormentes. Experimentamos deixar soltos os cavalos puxados mas não deu certo, pois eles passaram dos cavaleiros e, depois, retornaram, criando uma grande co
nfusão no espaço estreito do túnel”, lembrou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.

Em seguida, os cavaleiros partiram desbravar o terceiro caminho da Estrada Real: o Caminho Novo, que é composto por 515 quilômetros que ligam as cidades de Porto Estrela/RJ a Ouro Preto/ MG. A história deste trecho da Estrada Real começou em 1698, quando uma Carta-Régia endereçada a Artur de Sá Menezes, então Governador da Capitania do Rio de Janeiro, autorizava a abertura do novo caminho para facilitar o transporte do ouro e pedras preciosas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, evitando o antigo caminho. Este trecho foi percorrido pelos cavaleiros em incríveis 14 dias e além das lindas paisagens rurais, um detalhe urbano roubou a cena dos cavaleiros: as igrejas católicas construídas em todas as cidades por onde passaram, quase todas da época de Colônia do Brasil e muitas, inclusive, contam com esculturas de Aleijadinho. “Pelos Caminhos da Estrada Real passamos por muitas igrejas lindas, as vezes suntuosas outra vezes simples, mas todas com sua beleza singular. Interessante notar a importância da religião na história do Brasil, representada por todas estas igrejas ao longo dos quatro Caminhos. Qualquer bairro tem sua igreja, sempre com mais suntuosidade do que as casas que o compõe!”, descreve José Henrique Meirelles Castejon. Inclusive, ao finalizar o Caminho Novo, os cavaleiros visitaram a Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto/MG, Santo considerado o “protetor dos animais” – além de tantas outras dezenas de igrejas visitadas durante o percurso.

E finalmente, dia 20 de junho, os cavaleiros e a tropa Mangalarga iniciaram os últimos quatro dias da Cavalgada do Sertão ao Mar, rumo ao Caminho do Sabarabuçu, com 160 km de extensão entre os municípios de Glaura/MG a Cocais/ MG, finalizando a louvável aventura na quinta-feira, dia 23 de junho. Neste último trecho, os cavaleiros vivenciaram o único incidente de toda cavalgada: uma queda sofrida por José Henrique em um dos trechos, mas que, por sorte, marcou apenas um susto, não deixando nenhuma sequela.
Esta é a primeira vez que se tem registro de um grupo de cavaleiros que completam todo o trajeto da Estrada Real ininterruptamente, registrando de perto a história do Brasil, as belezas naturais de três Estados de grandiosa importância para a economia nacional e, ainda, a cultura local de dezenas de cidades de renome como Diamantina, Serro, Mariana, Ouro Preto, Congonhas,Tiradentes, São João del Rey, Cruzília, Juiz de Fora, Barbacena, Conselheiro Lafayete, Lavras Novas, Sabará, Caeté/ MG e Lorena, Guaratinguetá, Aparecida / SP e  Paraty, Petrópolis, Paraíba do Sul/ RJ

  Além disso, um dos desafios da cavalgada foi prevalecer o bem-estar animal dos sete cavalos mangalarga que acompanharam todo trajeto, respeitando seus limites e experimentando seus desafios. Neste quesito, a nota dos cavaleiros foi dez. “Esta cavalgada representa um grande marco para a raça MANGALARGA que mostrou, durante toda a cavalgada, suas grandes características como docilidade, coragem, agilidade, andamento, além de uma agradável interação conosco nos provocando muitas sensações e fortes emoções !”, ressalta José Henrique Castejon.

Após o merecido descanso, os cavaleiros adiantam que estudam lançar um livro repleto de fotos inéditas que retratam cada detalhe da Estrada Real, além de depoimentos emocionantes desta aventura histórica – para deleite daqueles que apreciarão conhecer um pouco mais desta rica fatia da história do Brasil!


Confira algumas imagens por onde passou a cavalgada "Do Sertão ao Mar"

CRÉDITO FOTOS:
 Marcelo Mastrobuono (Revista Horse) | Paulo Junqueira Arantes | Fagner Almeida
























FONTE: 
Luciene Gazeta
Jornalista/ Relações Públicas
E-mail: Luciene@matrizdacomunicacao.com.br
Fones: (15) 9-9112-0989 – (15) 3411-9669


quinta-feira, 23 de junho de 2016

E assim foi a Cavalgada do Sertão ao Mar: Pelos Caminhos da Estrada Real


Confira abaixo alguns textos que foram divulgados ao logo do percurso da Cavalgada do Sertão ao Mar - Pelos Caminhos da Estrada Real, citando momentos e locais por onde os cavaleiros passaram durante esta grande aventura, idealizada por José Henrique Meireles Castejon e Paulo Junqueira Arantes.
 
Textos: Luciene Gazeta

Cavalgada do Sertão ao Mar: Primeira semana

O Primeiro trecho percorrido pelos quatro cavaleiros iniciou-se pelo CAMINHO DOS DIAMANTES em DIAMANTINA, no dia 09 de maio. Esta saída, os quatro cavaleiros contam com a companhia de uma quinta cavaleira, Beatriz Biagi Becker, que os acompanhará nos primeiros dias desta grande jornada.  Diamantina dispensa apresentações por sua beleza histórica e mais de 30 pontos turísticos para se visitar e conhecer, entre eles, a Serra do Espinhaço, a Basílica Sagrado Coração de Jesus, a Cachoeira das Fadas e o Caminho dos Escravos, cuja estrada era usada pelos tropeiros no transporte de cargas e diamantes.


Foto: No dia 09 de maio, os cavaleiros receberam a benção do Bispo de Diamantina 

(Crédito: divulgação facebook)


Dia 10 de maio os cinco cavaleiros passaram por Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde e Três Barras, aonde além das paisagens exuberantes, cachoeiras e igrejas são alguns atrativos. Em São Gonçalo do Rio das Pedras, o turista encontra o Pico do Raio, por exemplo, em Milho Verde, o Chafariz das Goiabeiras aonde, diz a lenda, que Chica da Silva se banhava no local.

Em seguida, dia 11 de maio, o roteiro da cavalgada passou por Serro, cidade famosa pelo queijo, seguido das cidades de Alvorada de Minas e Itapanhaoacanga. Nesta localidade, as paisagens são deslumbrantes e pode-se apreciar as vistas para a Serra do Monteiro e Serra do Sapo.

Santo Antonio do Norte e Córregos foram as próximas passagens dos cavaleiros, dia 12 de maio. As cidades ainda apresentam características do período colonial, valorizando muito a arquitetura local. Santo Antonio do Norte faz parte do circuito nacional Serra do Cipó.

Dia 13 de maio, sexta-feira, os cavaleiros chegam em Conceição do Mato Dentro, local que apresenta cerca de 15 pontos turísticos entre eles, a Cachoeira Rabo de Cavalo, que possui 170 metros de queda dividida em três saltos, formando um grande poço cercado de pedras em meio à beleza exuberante da região.

No fim de semana, a Cavalgada parte rumo a Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro.




Cavalgada do Sertão ao Mar:
Caminho dos Diamantes já foi concluído

Este trecho da cavalgada durou duas semanas e a segunda semana passou por Morro Pilar, Parque Nacional da Serra do Cipó, Catas Altas e Cocais. Acompanhe!


Foto: Bicame de Pedra, condutor de água na época do império século 18, +- 1730, entre Santa Bárbara e Catas Altas (Divulgação facebook)

A Cavalgada Histórica “Do Sertão ao Mar – Pelos Caminhos da Estrada Real”, já percorreu os primeiros 400 quilômetros do primeiro trecho, que compreendeu o caminho completo dos Diamantes, tendo início dia 09 de maio em Diamantina e concluído dia 19 de maio em Mariana e Ouro Preto. Este caminho concentra 73,5% de estrada de terra sendo que 178km compreendem subidas e descidas.

A segunda semana da Cavalgada começou dia 14 de maio em Morro Pilar, aonde os cavaleiros e os animais pernoitaram, para descansar da primeira semana da cavalgada. O Parque Nacional da Serra do Cipó fica ao lado de Morro Pilar. Esta importante reserva natural brasileira compreende um território de 34 mil quilômetros e reúne 109 cachoeiras em sua extensão!

Em seguida, dia 15/05, os cavaleiros partiram para Itambé do Mato Dentro, aonde pernoitaram e, no dia seguinte, partiram para Senhora do Carmo e Ipoema, aonde se encontra o Museu do Tropeirismo, localizado no centro da cidade de 2.700 habitantes. O acervo do museu reúne 500 objetos relacionados a vida tropeira e, aos sábados, realiza famosas rodas de viola.

Bom Jesus do Amparo e Cocais foram as cidades por onde o quarteto passou dia 16 de maio. Cercada de montanhas e belíssimas paisagens, Cocais fica a 100km de Belo Horizonte e caracteriza-se por uma típica cidade mineira, muito acolhedora. No dia seguinte, 17/05, os cavaleiros pernoitaram em Barão de Cocais (distrito de Cocais) e visitaram Santa Bárbara, antes de partir para Catas Altas, no dia 18/05, aonde também fizeram um pouso, uma cidade pacata com casas coloniais, ruas de pedra e igrejas coloniais, algumas inclusive com obras de Aleijadinho e Mestre Ataíde e, posteriormente, partiram para Morro da Água Quente e Santa Rita Durão. “O que muito nos impressionou neste caminho é que nos deparamos com uma estrada muito precária, sem conservação e sinalização ausente. É muito triste deparar com esta realidade, devido à importância histórica da Estrada Real. Inclusive, há uma solicitação para construção de uma pista paralela até o distrito de Carmo desde 2014, que infelizmente, ainda não foi construída”

Em seguida, a cavalgada passou pelas cidades que sofreram o maior desastre sócio ambiental do Brasil em novembro de 2015, com o rompimento das barragens de Fundão: o subdistrito de Bento Rodrigues, que foi um importante centro de mineração do século XVIII, Camargos e também, a importantíssima cidade de Mariana, cidade que já faz parte do Caminho do Ouro. Com mais de 300 anos de existência, foi a primeira capital mineira e abriga a maior mina de ouro do mundo: a Mina da Passagem, que possui 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade. Porém, ao passar por estas três cidades, a equipe da cavalgada não pôde admirar as belas paisagens ou desfrutar do conhecimento histórico local. “Nestes trechos, aonde ocorreu o desastre ecológico, precisamos colocar os cavalos em um caminhão para cruzá-los, não sendo possível passar por eles cavalgando”, comentou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.

Assim, a Cavalgada do Sertão ao Mar cumpriu a primeira etapa dos quatro caminhos, encerrando o Caminho dos Diamantes, e a próxima etapa dos cavaleiros foi rumo a Ouro Preto, de onde o quarteto partiu para desbravar o Caminho Velho ou Antigo Caminho do Ouro, que será abordado no próximo texto!


Foto por onde passou a Cavalgada do Sertão ao Mar
(Crédito: Frederico Simioni)

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Cavalgada do Sertão ao Mar:
Caminho do Ouro abriu a terceira semana de aventura

O Antigo Caminho do Ouro – ou Caminho Velho -  foi o primeiro caminho aberto pela coroa Portuguesa para ligar o litoral do RJ à região mineira produtora de ouro. Na época o trajeto levava 60 dias a cavalo para ser percorrido. Os cavaleiros prevêm 20 dias para completa-lo, o que confirma a incrível resistência dos cavalos Mangalarga.


Foto da antiga Coudelaria Real, visitada pelos cavaleiros
(Crédito: Paulo Junqueira Arantes)

Saindo de Mariana, os quatro cavaleiros partiram desbravar os próximos 700 quilômetros que compõem o trecho completo do Antigo Caminho do Ouro, que parte de Ouro Preto rumo a Paraty/ RJ. Metade deste trajeto (320km) é composto por subidas e descidas e 82,5% é estrada de terra. Dia 19 de maio, os cavaleiros passaram por Cachoeira Alta rumo a Santo Antonio do Leite no dia 20 e 21 de maio, aonde pernoitaram. Esta cidade data de 1822, quando se tem sinais das primeiras casas e quando muitos escravos alforriados se alojaram aos poucos no local.

Nestes dias, os cavaleiros passaram também por Engenheiro Correa, Miguel Burnier, Lobo Leite e Cachoeira do Campo, aonde visitaram o prédio da Antiga Coudelaria Real, edificação construída em 1730 para ser o Quartel da Cachoeira, teria recebido Tiradentes em 1789, durante a Inconfidência Mineira. O prédio foi transformado em Coudelaria em 1819, sendo adaptado para receber os cavalos que vinham do Reino para o Brasil, assinando um importante momento da história do Mangalarga. Ali, o Barão de Alfenas, precursor da raça Mangalarga no Brasil, mantinha um cavalo não pertencente ao local, conforme registros da Coudelaria datados dos anos 1821 a 1827. Desde 2102, a construção abriga o Centro Dom Bosco, e em 2014 foi tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural como Monumento Simbólico de Minas Gerais.

Os próximos dias de Cavalgada do Sertão ao Mar foram intensos e atravessaram mais cidades de importância histórica. Dia 22/05, a cavalgada passou por Congonhas do Campo, que reúne o maior conjunto da arte barroca mundial e o apogeu da criatividade do mestre Aleijadinho, um escravo alforriado que buscava na leitura da Biblia a inspiração para suas figuras. A cavalgada percorreu nesta mesma data, também, as cidades de Alto Maranhão, Pequeri e São Brás do Suaçui, antes de entrar em Entre Rios no dia 23/05, cidade berço da raça de cavalos Campolina. No dia seguinte, 24/05, os cavaleiros partiram para Lagoa Dourada, conhecida por ser a capital nacional do legítimo rocambole, aonde fizeram um pouso. Em seguida, partiram para Prados, cidade que ostenta como mais belo cartão postal a imponente Serra São José, com 12 quilômetros de extensão, que se tornou uma Área de Preservação Ambiental APA.


Foto: Hornero e Honrado da Vassoural esperando o trem passar

(Crédito: Divulgação facebook)


Dia 25 de maio a Cavalgada do Sertão ao Mar chegou finalmente à famosa Tiradentes, cidade histórica de onde extraiam-se centenas de quilos de ouro, sendo um grande pólo turístico de Minas Gerais, atraindo turistas do mundo todo por conta de seu clima ameno, seu acervo turístico, recreativo e cultural de dar inveja, entre eles, a Mostra de Cinema de Tiradentes e o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia. Neste mesmo dia, os cavaleiros visitaram também Santa Cruz de Minas e São João Del-Rey, partindo no dia 26 de maio para São Sebastião da Vitória, cidade que ostenta como principal produto gastronômico o pão de queijo, e realiza anualmente o Festival do Pão de Queijo para atrair turistas e valorizar a economia local. Os cavaleiros passaram também por Caquende e Balsa, antes de seguir para Capela do Saco, dia 27 de maio, distrito que faz parte de Carrancas e é banhado pelo Rio Grande, um dos principais rios de Minas Gerais.

A próxima parada acontecerá, justamente, na cidade de Carrancas, por onde passam 70 km da Estrada Real, continuando o percurso do Caminho do Ouro dando início a quarta semana de cavalgada.

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Cavalgada do Sertão ao Mar:
Paraty encerrou trecho do Caminho Velho-Caminho do Ouro

A cavalgada Do Sertão ao Mar – Pelos Caminhos da Estrada Real está bastante adiantada! No fim de semana de 04 e 05 de maio, os cavaleiros completaram os 710km do Caminho Velho, quando chegaram a Paraty/ RJ.
Veja como foi esta etapa da aventura!



Foto dos cavaleiros na chegada em Paraty – Crédito: Nietmann

Antes de concluírem a terceira semana de cavalgada, os cavaleiros visitaram, próximo à cidade de Prados/MG em Dores de Campos, a Selaria Pasfil, uma das empresas apoiadoras da cavalgada Do Sertão ao Mar. “A Pasfil soma mais de 30 anos de existência, sendo uma das maiores e mais antigas selarias da cidade. Única com certificação do Exército Brasileiro  e fornecedora da cavalaria das Policias Militares de quase todos estados brasileiros” ressaltou Paulo Junqueira Arantes.

Após saírem de Carrancas, no dia 28 de maio, os cavaleiros partiram para a cidade de Cruzília dia 30 de maio, um município que se destaca pelas fazendas centenárias, pontos turísticos repletos de histórias e cultura local, que configura a cidade como ótima opção de férias em família no Estado de MG: perto da natureza e longe dos grandes centros. Além disto, Cruzília é considerada o berço dos cavalos Mangalarga e Mangalarga Marchador e abriga o Museu Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, inaugurado em 2012 no Casarão da Fazenda Bela Cruz. Saindo de Cruzília, no dia 31/05 os cavaleiros partiram rumo a Baependi, Caxambú e São Lourenço, cidades que fazem parte do Circuito Turístico das Águas de MG. É da água que vem a história de Caxambú, cujo nome em tupi teria a tradução semelhante a “água que borbulha”, em referência às fontes escondidas nas matas. São Lourenço tem o maior parque hoteleiro deste Circuito e Baependi é uma das mais antigas cidades mineiras, remanescente do ciclo do ouro.

O mês de junho começou dia 01/06 com os cavaleiros chegando a Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Capivari e Itamonte. Em Pouso Alto, há aproximadamente 409km de BH, encontra-se a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, que possui imagens sacras centenárias e um estilo eclético bem conservado. O principal atrativo turístico de São Sebastião do Rio Verde é, justamente, o Rio Verde, aonde é possível praticar pesca, canoagem e até natação, devido às pequenas prainhas em sua extensão. Outra cidade que propicia a prática de esportes é Itamonte, aonde a Pedra do Pico, com mais de 2150 metros de altitude, é um convite para a prática de escalada, cavalgada, ciclismo e trekking. Em seguida, a cavalgada Do Sertão ao Mar partiu rumo a Itanhandú e Passa Quatro, sendo que se localiza nesta cidade, uma Maria Fumaça Badwin de 1929! E Itanhandu integra o Circuito Turístico Terras Altas da Mantiqueira. Neste trecho, os cavaleiros passaram pelo Túnel da Mantiqueira, construído em 1882 por determinação do Imperador Dom Pedro II, para fazer a ligação entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais para servir a Estrada de Ferro Minas e Rio, sendo também, local estratégico na Revolução Constitucionalista de 1932, na qual foi frente de batalhas. “A passagem do túnel, na divisa dos Estados, não foi muito fácil e os cavalos Mangalarga, mais uma vez, mostraram seu preparo e sua coragem. Foram 1400 metros de travessia no escuro, com o som das patas dos nove cavalos criando um barulho forte. Os cavalos tiveram que caminhar no meio dos trilhos, sobre pedras e os dormentes. Experimentamos deixar soltos os cavalos puxados mas não deu certo, pois eles passaram dos cavaleiros e, depois, retornaram, criando uma grande confusão no espaço estreito do túnel”, lembrou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.


 Foto: Túnel da Mantiqueira (Crédito: Paulo Junqueira Arantes)

Foi então, que o Estado de Minas Gerais ficou para trás, no trecho do Caminho do Ouro, e no dia seguinte, 03/06, os cavaleiros passaram por Vila do Embaú, uma das mais antigas da região, e Cachoeira Paulista, cidade que recebe muitos turistas religiosos devido a presença da comunidade católica Canção Nova e o Santuário de Santa Cabeça; e por fim, Canas, cidade que recebeu imigrantes italianos em 1887 para plantar canas. Em seguida, os cavaleiros partiram para duas cidades da região do Vale do Paraíba: Lorena, terra das palmeiras imperiais, que contabiliza construções de meados de 1700 como a Catedral Nossa Senhora da Piedade. Partindo para Guaratinguetá, terra de Frei Galvão, o primeiro santo católico brasileiro, aonde encontra-se a Catedral de Santo Antônio, datada de 1630, que possui um altar em estilo barroco misturado ao rococó mineiro com uma imagem em tamanho natural de Frei Galvão!

O ritmo da cavalgada deu uma boa adiantada e os cavaleiros começaram a descida da serra rumo a Paraty, quando passaram por Rocinha e Cunha, uma cidade localizada já na Serra do Mar, originária de 1695 e repleta de pousadas charmosas e com um cenário que causa encantamento nos turistas. Na história desta cidade, conta-se que no início do século XVIII, a grande movimentação de tropas pelo local atraiu bandidos e saqueadores atraídos pelo ouro que vinha de Minais Gerais, para embarcar em Paraty, rumo a Portugal. A cidade também foi palco da revolução Constitucionalista de 1932.

Finalmente, no fim de semana de 04 de junho, os cavaleiros chegaram a Paraty, finalizando o encantador e extenso Caminho do Ouro nesta paradisíaca cidade do século 17. A famosa igreja de Nossa Senhora dos Remédios é um dos ícones da cidade, sendo construída em 1873 em estilo neoclássico. Localizada em uma baía que reúne mais de 300 praias e dezenas de ilhas, Paraty exercia, no Caminho do Ouro, a função de entreposto fiscal. A Estrada Real da cidade foi construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes, e atualmente está bastante preservada e se encontra envolta pela exuberância da Mata Atlântica do Parque Nacional da Serra da Bocaina.  Porém, a visitação só é permitida com guias autorizados, pois o Caminho hoje passa por propriedades particulares. “Tem lugares que tu sentes mais perto de Deus!”, exclamou José Henrique Castejon, ao completar mais este caminho da cavalgada.

Partindo de Paraty esta semana, dia 06/06, os cavaleiros iniciam o terceiro caminho da Estrada Real: o CAMINHO NOVO, que segue de Petrópolis/RJ a Ouro Preto/ MG! Acompanhe nos próximos textos momentos incríveis desta grande aventura! 




Cavalgada do Sertão ao Mar:
Caminho Novo já foi desbravado, completando 1.500km de história!

A terceira etapa da saga histórica desbravando o Caminho Novo durou 18 dias de junho: os cavaleiros partiram de Porto Estrela/RJ rumo a Ouro Preto no início do mês, percorrendo um trecho de 515 quilômetros concluindo mais este caminho. Agora, a cavalgada Do Sertão ao Mar – Pelos Caminhos da Estrada Real está próxima de chegar ao final!

Foto: Casa do Quinto – Ouro Branco/ MG (Divulgação Facebook)



Em 1669, uma Carta-Régia endereçada a Artur de Sá Menezes, então Governador da Capitania do Rio de Janeiro, autorizava a abertura do novo caminho para facilitar o transporte do ouro e pedras preciosas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, evitando o antigo caminho. Nascia, assim, o Caminho Novo, que se inicia em Porto Estrela e Magé/RJ, construído com objetivo de tornar a viagem a Ouro Preto/MG mais rápida do que o Caminho Velho. O trajeto completo soma 515km e 63% dele é formado por estrada de terra. Magé era passagem obrigatória para quem subia a serra de Petrópolis e para o transporte de cargas.

Dia 09/06, a cavalgada passava por Petrópolis, Itaipava, Pedro do Rio e Secretário. Neste trecho destaca-se Petrópolis, que foi capital do Estado durante 9 anos e chamada “cidade imperial” devido sua história com o Brasil, tendo abrigado a primeira estrada ferroviária do país. Entre as construções históricas do local, está a Casa da Princesa Isabel. Em seguida, os cavaleiros andaram 41 quilômetros e passaram por Inconfidência, Queima Sangue e Paraíba do Sul, cidade aonde, em meados de 1681, Garcia Rodrigues Pires, filho do Bandeirante Fernão Dias, vislumbrou e iniciou a abertura do Caminho Novo em 1683.

No dia seguinte, 10/06, os cavaleiros deixavam o Estado do Rio de Janeiro para trás e começavam a cavalgada pelas terras de Minas Gerais ao passarem por Simão Pereira e Matias Barbosa, cidade cujos registros históricos, abrigava postos de fiscalização e alfândega interna e onde eram cobrados os tributos das mercadorias pela Coroa Portuguesa.

O próximo destino da Cavalgada do Sertão ao Mar foi Juiz de Fora, que dá acesso ao famoso Parque Estadual de Ibitipoca, seguido do município de Ewbank da Câmara que, ao lado da Estação Ferroviária, abriga uma “gruta abençoada”, segundo narrativa dos nativos do município; outra cidade por onde a cavalgada passou foi Santos Dumont, terra natal do pai da aviação Alberto Santos Dumont, cujo berço de nascimento, a fazenda de Cabangu abriga atualmente um museu que traz toda sua história, sendo muito visitado na cidade.

Saindo de Juiz de Fora, os cavaleiros partiram rumo a Antônio Carlos; porém, um pouco antes, entre Santos Dumont e Antônio Carlos, os cavalos marcharam por quase 6 horas sem encontrar água corrente pelo caminho. “Quando paramos para dar água para os animais, Hornero da Vassoural tomou água de bica do Chafariz da Serra, sendo necessárias várias viagens d´água numa pequena vasilha plástica improvisada”, recordou José Henrique Meirelles Castejon.

Em seguida, na manhã de 14 de junho, saindo rumo a Barbacena, eles enfrentaram um frio de 7 graus. Cavalgaram passando por Barbacena e Ressaquinha e, no Bairro Ressaca, avistaram a restauração da Igreja Nossa Senhora da Glória. “Pelos Caminhos da Estrada Real passamos por muitas igrejas lindas, as vezes suntuosas outra vezes simples, mas todas com sua beleza. Muitas, datam da época de Colônia do Brasil. Interessante notar a importância da religião nestas épocas, representada por todas estas igrejas ao longo dos 4 Caminhos. Notamos que qualquer bairro tem sua igreja”, complementa Zé Henrique.

Passando por Conselheiro Lafayete, dia 18 de junho, os cavaleiros enfrentaram mais uma manhã gelada, amanhecendo com 5º. Esta cidade abriga a jazida de manganês do Morro da Mina, considerada na década de 40 a maior do mundo na extração deste minério. Em 20 de junho, a tropa partiu para Ouro Branco – município que possui suntuosas construções setecentistas, como a Matriz da Santo Antônio de Ouro Branco, que apresenta claramente a arquitetura religiosa do século 18 marcada pelas obras de Aleijadinho. Ainda neste município, os cavaleiros visitaram a Casa do Quinto, na Fazenda Carreiras, local onde os portugueses cobravam o imposto - o quinto - quando o ouro "descia" para Paraty.

Em seguida, a tropa rumou para Lavras Novas, cidade originária da miscigenação dos quilombos com as milícias do período colonial – retornando a Ouro Preto novamente no dia 21 de junho, e encerrando os últimos 35 quilômetros do Caminho Novo da Estrada Real visitando a Igreja São Francisco de Assis, protetor dos animais!

Dia 22 de junho, os cavaleiros e a tropa descansam na Fazenda Recanto da Montanha, aonde recarregam as energias para finalizar os últimos dias da Cavaldada do Sertão ao Mar. De lá, partem rumo ao Caminho do Sabarabuçu, com 160 km de Glaura a Cocais, previsto para ser concluído em apenas 5 dias – trecho final que será abordado no texto 6, narração final desta grande aventura!

Foto: Momento que o cavaleiro leva água para Hornero da Vassoural, em uma vasilha improvisada(Divulgação Facebook)
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