Chega ao fim a grandiosa
“Cavalgada do Sertão ao Mar, Pelos Caminhos da Estrada Real”
Dia 24 de junho encerrou-se a aventura repleta
de história e turismo rural, que percorreu três Estados brasileiros a cavalo,
durante 45 dias, passando por aproximadamente 177 cidades. A viagem
percorreu os quatro caminhos da Estrada Real e começou dia 09 de maio partindo
de Diamantina/MG, encerrando dia 23 de junho em Cocais/ MG.
Confira várias fotos por onde passou a incrível jornada logo abaixo, no final da notícia!
Fotos: Marcelo Mastrobuono (Revista Horse) e Paulo Junqueira Arantes
Texto: Luciene Gazeta - Jornalista/ Relações Públicas
A
Estrada Real é a maior rota turística do Brasil, composta por 1780 quilômetros
divididos em quatro caminhos por sua extensão: Caminho dos Diamantes, Caminho
Velho, Caminho Novo e Caminho de Sabarabuçu; todos contam com demarcações em
seus pontos que percorrem o interior de três Estados brasileiros: São Paulo,
Minas Gerais e Rio de Janeiro. Sua história vem do século 18, quando a Coroa
Portuguesa construiu os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas
Gerais ao Rio de Janeiro. Atualmente a Estrada Real é um verdadeiro
“patrimônio” histórico, cultural e turístico do Brasil e seu percurso pode ser
percorrido de carro, a pé, de bicicleta ou a cavalo. E foi montando sete
cavalos Mangalarga que os cavaleiros José Henrique Meirelles Castejon e Paulo
Junqueira Arantes realizaram esta grandiosa aventura.
No
início da jornada, no Caminho dos Diamantes, a viagem começou
contando com cinco cavaleiros. Além de Paulo e José Henrique, acompanharam a
largada com a dupla, em Diamantina/MG, mais três cavaleiros: Frederico Simioni,
Sérgio Lima Beck e Beatriz Biagi Becker. Juntos, os cinco cavaleiros
percorreram o primeiro trajeto que compreendeu cerca de 200 quilômetros. Em
seguida, a cavaleira Beatriz deixou o grupo que seguiu em quarteto pelo próximo
trecho da aventura, até o final do Caminho dos Diamantes, que soma 395
quilômetros e foi percorrido pelos quatro cavaleiros em 10 dias, finalizando no
dia 19 de maio em Ouro Preto. Neste primeiro trecho, além das maravilhas
da natureza que encontraram pelos caminhos, os cavaleiros se impressionaram
bastante com a precariedade da estrada, marcada pela falta de conservação e
sinalização. Outro momento que marcou esta primeira etapa da cavalgada foi a
passagem pelas cidades afetadas pelo rompimento das Barragens de Fundão e o
consequente desastre socioambiental de 2015, em Bento Rodrigues e Mariana. “Nestes
trechos, aonde ocorreu o desastre ecológico, precisamos colocar os cavalos em
um caminhão para cruzá-los, não sendo possível passar pelo trecho cavalgando”,
comentou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.
O antigo Caminho do Ouro – Caminho Velho foi o próximo desafio da jornada, que começou dia 20 de maio em Santo Antonio do Leite/ MG rumo a Paraty/ RJ, um trecho composto por 710 quilômetros que foi o primeiro caminho oficialmente aberto pela Coroa Portuguesa ligando o litoral rumo ao interior de Minas Gerais. Seguiram a viagem a partir deste caminho a dupla José Henrique Castejon e Paulo Junqueira Arantes. Este trecho durou 17 dias, ante os 60 dias que eram previstos no século 18 da construção deste trajeto, confirmando a incrível resistência dos cavalos Mangalarga e registrando um momento muito importante na cidade de Cachoeira do Campo, aonde os cavaleiros visitaram o prédio da Antiga Coudelaria Real, edificação construída em 1730 para ser o Quartel da Cachoeira, teria recebido Tiradentes em 1789, durante a Inconfidência Mineira. O prédio foi transformado em Coudelaria em 1819, sendo adaptado para receber os cavalos que vinham do Reino para o Brasil, assinando um importante momento da história do Mangalarga. Outro trecho marcante na viagem pelo Caminho Velho foi na região de Itanhandu quando os cavaleiros passaram pelo Túnel da Mantiqueira, construído em 1882 por determinação do Imperador Dom Pedro II, para fazer a ligação entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais para servir a Estrada de Ferro Minas e Rio, sendo também, local estratégico na Revolução Constitucionalista de 1932, na qual foi frente de batalhas. “A passagem do túnel, na divisa dos Estados, não foi muito fácil e os cavalos Mangalarga, mais uma vez, mostraram seu preparo e sua coragem. Foram 1400 metros de travessia no escuro, com o som das patas dos nove cavalos criando um barulho forte. Os cavalos tiveram que caminhar no meio dos trilhos, sobre pedras e os dormentes. Experimentamos deixar soltos os cavalos puxados mas não deu certo, pois eles passaram dos cavaleiros e, depois, retornaram, criando uma grande confusão no espaço estreito do túnel”, lembrou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.
O antigo Caminho do Ouro – Caminho Velho foi o próximo desafio da jornada, que começou dia 20 de maio em Santo Antonio do Leite/ MG rumo a Paraty/ RJ, um trecho composto por 710 quilômetros que foi o primeiro caminho oficialmente aberto pela Coroa Portuguesa ligando o litoral rumo ao interior de Minas Gerais. Seguiram a viagem a partir deste caminho a dupla José Henrique Castejon e Paulo Junqueira Arantes. Este trecho durou 17 dias, ante os 60 dias que eram previstos no século 18 da construção deste trajeto, confirmando a incrível resistência dos cavalos Mangalarga e registrando um momento muito importante na cidade de Cachoeira do Campo, aonde os cavaleiros visitaram o prédio da Antiga Coudelaria Real, edificação construída em 1730 para ser o Quartel da Cachoeira, teria recebido Tiradentes em 1789, durante a Inconfidência Mineira. O prédio foi transformado em Coudelaria em 1819, sendo adaptado para receber os cavalos que vinham do Reino para o Brasil, assinando um importante momento da história do Mangalarga. Outro trecho marcante na viagem pelo Caminho Velho foi na região de Itanhandu quando os cavaleiros passaram pelo Túnel da Mantiqueira, construído em 1882 por determinação do Imperador Dom Pedro II, para fazer a ligação entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais para servir a Estrada de Ferro Minas e Rio, sendo também, local estratégico na Revolução Constitucionalista de 1932, na qual foi frente de batalhas. “A passagem do túnel, na divisa dos Estados, não foi muito fácil e os cavalos Mangalarga, mais uma vez, mostraram seu preparo e sua coragem. Foram 1400 metros de travessia no escuro, com o som das patas dos nove cavalos criando um barulho forte. Os cavalos tiveram que caminhar no meio dos trilhos, sobre pedras e os dormentes. Experimentamos deixar soltos os cavalos puxados mas não deu certo, pois eles passaram dos cavaleiros e, depois, retornaram, criando uma grande confusão no espaço estreito do túnel”, lembrou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes.
Em
seguida, os cavaleiros partiram desbravar o terceiro caminho da Estrada Real:
o Caminho Novo, que é composto por 515 quilômetros que ligam as
cidades de Porto Estrela/RJ a Ouro Preto/ MG. A história deste trecho da
Estrada Real começou em 1698, quando uma Carta-Régia endereçada
a Artur de Sá Menezes, então Governador da Capitania do Rio de Janeiro,
autorizava a abertura do novo caminho para facilitar o transporte do ouro e
pedras preciosas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, evitando o antigo
caminho. Este trecho foi percorrido pelos cavaleiros em incríveis 14 dias e
além das lindas paisagens rurais, um detalhe urbano roubou a cena dos
cavaleiros: as igrejas católicas construídas em todas as cidades por onde
passaram, quase todas da época de Colônia do Brasil e muitas, inclusive, contam
com esculturas de Aleijadinho. “Pelos Caminhos da Estrada Real passamos por
muitas igrejas lindas, as vezes suntuosas outra vezes simples, mas todas com
sua beleza singular. Interessante notar a importância da religião na
história do Brasil, representada por todas estas igrejas ao longo dos quatro
Caminhos. Qualquer bairro tem sua igreja, sempre com mais suntuosidade do
que as casas que o compõe!”, descreve José Henrique Meirelles Castejon.
Inclusive, ao finalizar o Caminho Novo, os cavaleiros visitaram a Igreja São
Francisco de Assis, em Ouro Preto/MG, Santo considerado o “protetor dos
animais” – além de tantas outras dezenas de igrejas visitadas durante o
percurso.
E
finalmente, dia 20 de junho, os cavaleiros e a tropa Mangalarga iniciaram os
últimos quatro dias da Cavalgada do Sertão ao Mar, rumo ao Caminho do
Sabarabuçu, com 160 km de extensão entre os municípios de Glaura/MG a
Cocais/ MG, finalizando a louvável aventura na quinta-feira, dia 23 de
junho. Neste último trecho, os cavaleiros vivenciaram o único incidente de
toda cavalgada: uma queda sofrida por José Henrique em um dos trechos, mas que,
por sorte, marcou apenas um susto, não deixando nenhuma sequela.
Esta
é a primeira vez que se tem registro de um grupo de cavaleiros que completam
todo o trajeto da Estrada Real ininterruptamente, registrando de perto a
história do Brasil, as belezas naturais de três Estados de grandiosa
importância para a economia nacional e, ainda, a cultura local de dezenas de
cidades de renome como Diamantina, Serro, Mariana, Ouro Preto,
Congonhas,Tiradentes, São João del Rey, Cruzília, Juiz de Fora, Barbacena,
Conselheiro Lafayete, Lavras Novas, Sabará, Caeté/ MG e Lorena, Guaratinguetá,
Aparecida / SP e Paraty, Petrópolis, Paraíba do Sul/ RJ
Além
disso, um dos desafios da cavalgada foi prevalecer o bem-estar animal dos sete
cavalos mangalarga que acompanharam todo trajeto, respeitando seus limites e
experimentando seus desafios. Neste quesito, a nota dos cavaleiros foi dez. “Esta
cavalgada representa um grande marco para a raça MANGALARGA que mostrou,
durante toda a cavalgada, suas grandes características como docilidade,
coragem, agilidade, andamento, além de uma agradável interação conosco nos
provocando muitas sensações e fortes emoções !”, ressalta José
Henrique Castejon.
Após
o merecido descanso, os cavaleiros adiantam que estudam lançar um livro repleto
de fotos inéditas que retratam cada detalhe da Estrada Real, além de
depoimentos emocionantes desta aventura histórica – para deleite daqueles que
apreciarão conhecer um pouco mais desta rica fatia da história do Brasil!
- Confira outros textos que falam sobre os percursos da Cavalgada neste link: http://matrizdacomunicacao.blogspot.com.br/2016/06/trechos-da-cavalgada-do-sertao-ao-mar.html
Confira algumas imagens por onde passou a cavalgada "Do Sertão ao Mar"
CRÉDITO FOTOS:
Marcelo Mastrobuono (Revista Horse) | Paulo Junqueira Arantes | Fagner Almeida
Marcelo Mastrobuono (Revista Horse) | Paulo Junqueira Arantes | Fagner Almeida
FONTE:
Fones: (15) 9-9112-0989 – (15) 3411-9669
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